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Empresa de delator vence licitação de ‘marmitas’ do Presídio Ferrugem

Empresário condenado por corrupção na Educação é sócio da empresa que fornecerá a comida dos presos

Política | 20 de Agosto de 2020 as 11h 52min
Fonte: Jamerson Miléski

Foto: Assessoria

R$ 6,9 milhões. Esse é o valor que o Estado de Mato Grosso irá gastar para garantir o café da manhã, almoço, janta e ceia dos presidiários e servidores lotados na Penitenciária Osvaldo Fiorentino Leito – popular Ferrugem. A contratação foi feita através da licitação, pregão eletrônico 009/2020, da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso. O resultado foi publicado no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (18).

Quem venceu a licitação foi a empresa Novo Sabor Refeições Coletivas Ltda. A empresa, que tem sua sede em Cuiabá, possui outros contratos públicos, fornecendo alimentos para universidades e também outras unidades prisionais. O quadro societário da empresa é formado por Silmar Esteves De Freitas, Alan Ayoub Malouf , Alexa Ayoub Maluf Roder e Ariani Ayoub Malouf Aguiar.

Alan Ayoub Malouf ganhou destaque no noticiário policial em dezembro de 2016 quando foi detido na 3ª fase da Operação Rêmora – comandada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado). O operação buscava desarticular um esquema de fraudes a 23 licitações, orçadas em mais de R$ 56 milhões, lançadas pela Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso.

Alan Malouf foi apontado pelo Gaeco como um dos líderes da organização criminosa. Acabou confessando sua participação no esquema de cobrança de propina de empresários e fraudes em licitações de obras de escolas estaduais. Ele também apontou lideranças do PSDB como beneficiados das fraudes.

Malouf foi condenado pelos crimes de integrar organização criminosa e corrupção passiva no regime inicial fechado. Em 2018 acabou assinando um acordo de delação, no qual se comprometeu a ajudar nas investigações além de devolver, de forma parcelada, R$ 5,5 milhões. O empresário foi condenado a 15 anos de reclusão, sendo 7 meses de prisão domiciliar, 1 ano e 5 meses no regime semi-aberto com uso de tornozeleira eletrônica e outros 13 anos no regime aberto diferenciado, mas sem o monitoramento via tornozeleira.