Que casa escolher em cada fase de vida: opções sustentáveis

Que casa escolher em cada fase de vida: opções sustentáveis

A sustentabilidade é uma das principais preocupações nos dias de hoje e, num momento tão importante quanto o da compra de casa, é um dos fatores principais no processo de decisão.

Antes de mais, não podemos esquecer que a compra de casa, mesmo que para habitação própria, se trata de um investimento e, como tal, deve ter um objetivo realista e tangível, com uma limitação temporal definida, pois ao longo da nossa vida passamos por vários momentos. Tendo isto em mente, deixo algumas sugestões sobre o tipo de casa a escolher em diferentes fases de vida.

Viver sozinho

Para alguém que vive sozinho, o mais sustentável é optar por uma tipologia T1.

Há que equacionar a compra ou o arrendamento, mediante os capitais próprios e os rendimentos mensais. Caso pretenda baixar o valor da renda por mês, existe sempre a hipótese de partilhar casa ou arrendar um quarto.

Seja qual for a sua opção, o principal foco para uma maior sustentabilidade será habitar à menor distância possível da sua fonte de rendimento, de forma a reduzir o custo e tempo das deslocações.

Casal em início de vida em comum

Para um casal que inicia uma experiência de vida a dois, sugiro o arrendamento, e se possível de um T1. Mesmo que tenham a possibilidade de comprar, o meu conselho é que arrendem a primeira casa em comum. Trata-se de um investimento com menor risco, que vai permitir encarar com mais leveza esta fase de definição objetivos conjuntos e de alinhamento de expectativas sobre a vivência conjugal.

Casal sem filhos

Ao comprar casa, mesmo que o casal não pense em ter filhos, deverá equacionar comprar um T2. Tratando-se do local onde pretendem habitar por vários anos, o espaço proporcionado por um T2, com áreas maiores em todas as divisões, fará, com certeza, diferença na qualidade de vida. O quarto extra, pode ser aproveitado para escritório, atelier de artes, ginásio, closet… aqui a imaginação é o limite, conforme os gostos do casal.

Se o casal pretender ter um ou dois filhos, deverá optar por uma tipologia superior, T2+1 ou T3. Apesar de ser um maior investimento inicial, compensará a longo prazo, pois garantidamente terão melhor qualidade de vida e conforto. Melhor ainda se optarem por uma localização próxima de algum suporte familiar e de instituições de ensino (creche, jardim de infância, escolas) que possam facilitar o dia a dia.

Casal com perspetiva de ter mais de dois filhos

Atualmente, são poucas as famílias portuguesas com mais de dois filhos, devido aos encargos financeiros que estão associados a uma família numerosa. Se faz parte dessa minoria, estará, com certeza, ainda mais interessado em fazer uma escolha o mais sustentável possível no que toca à vossa futura habitação.

Sugiro a compra de uma moradia com especial preocupação na acessibilidade/mobilidade exterior e interior. É importante que o vosso lar seja o mais funcional possível e com o espaço exterior necessário ao equilíbrio mental e físico para toda a família. Trata-se de um investimento grande, com custos de manutenção mais elevados que um apartamento T3 a T4, por isso, q opção ideal será sempre aquela que vos permita manter o equilíbrio do orçamento familiar. Se optar por um apartamento pode sempre procurar um que tenha terraço e jardins públicos nas proximidades.

Casal com mais de 60 anos e filhos autónomos

Na maior parte dos casos, os casais chegam a esta fase da vida a viver em casas com tipologias superiores às suas necessidades atuais, e com isto têm custos que podem ser evitados. É então uma altura propícia a mudar para uma casa mais ajustada à realidade atual. Neste caso, a principal preocupação deverá ser a acessibilidade e mobilidade da sua casa. Não deverá ter obstáculos físicos e todos os espaços privados devem estar no mesmo piso.

A melhor opção pode ser um apartamento T2 com arrumos ou, em função dos pertences, um T2+1. O apartamento deverá ter uma construção o mais recente possível, pois terá infraestruturas preparadas para uma melhor mobilidade interior. Uma moradia pequena poderá também fazer sentido, para ter um espaço exterior, porém com a idade a avançar, o espaço exterior será mais uma preocupação e terá custos de manutenção. A opção vai depender do quanto o casal valoriza e está habituado a ter um espaço exterior.

Se está a entrar numa das fases de vida que referi, conte com a minha ajuda para selecionar a casa que melhor responde às suas necessidades. Se já tem uma casa e pretende mudar em função do seu objetivo e fase de vida, contactar-me já, para que venda a sua atual casa, ajudando-o a ter recursos para comprar a nova habitação, é, com certeza, a opção mais sustentável.

Se é investidor, também tenho conselhos para lhe dar, mas isso será assunto para um novo artigo…

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