Formul�rio de Busca

14/09/08 - 09h05 - Atualizado em 14/09/08 - 11h04

Existência histórica de Jesus Cristo é inquestionável, afirmam especialistas

Fontes cristãs, judaicas e pagãs evidenciam historicidade do homem.
Menções lacônicas fora do Novo Testamento mostram desimportância.

Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo

Tamanho da letra

Viciados em teorias da conspiração adoram a idéia: Jesus nunca teria existido. As histórias sobre sua vida, morte e ressurreição que chegaram até nós seriam mera colagem de antigos mitos egípcios e babilônicos, com pitadas do Antigo Testamento para dar aquele saborzinho judaico. Na prática, Cristo não seria mais real do que Osíris ou Baal, dois deuses mitológicos que também morreram e ressuscitaram.

 

 

 

Leia mais reportagens da série Ciência da Fé


No entanto, para a esmagadora maioria dos estudiosos, sejam eles homens de fé ou ateus, a tese não passa de bobagem. A figura de Jesus pode até ter “atraído” elementos de mitos antigos para sua história, mas temos uma quantidade razoável de informações historicamente confiáveis sobre ele, englobando pistas de fontes cristãs, judaicas e pagãs. 

 

  De Paulo a Tácito

Começamos, no Novo Testamento, com as cartas de São Paulo, escritas entre 20 anos e 30 anos após a crucificação do pregador de Nazaré. Cerca de 40 anos depois da morte de Jesus, surge o Evangelho de Marcos, o mais antigo da Bíblia; antes que o século 1 terminasse, os demais Evangelhos alcançaram a forma que conhecemos hoje. A distância temporal, em todos esses casos, é a mais ou menos a mesma que separava o historiador Heródoto da época da guerra entre gregos e persas, que aconteceu entre 490 a.C. e 479 a.C. – e ninguém sai por aí dizendo que Heródoto inventou Leônidas, o rei casca-grossa de Esparta.


Outra fonte crucial é Flávio Josefo, autor da obra "Antigüidades Judaicas", também do século 1. O texto de Josefo sofreu interferências de copistas cristãos, mas é possível determinar sua forma original, bastante neutra: Jesus seria um “mestre”, responsável por “feitos extraordinários”, crucificado a mando de Pilatos, cujos seguidores ainda existiam, apesar disso. Duas décadas depois, o historiador romano Tácito conta a mesma história básica, precisando que Jesus tinha morrido na época de Pilatos e do imperador Tibério (duas referências que batem com o Novo Testamento).

 


Esses dados mostram duas coisas: a historicidade de Jesus e também sua relativa desimportância diante das autoridades romanas e judaicas, como um profeta marginal num canto remoto e pobre do Império.

 

Leia mais notícias de Ciência e Saúde

Enviar para amigo

Há problemas com o preenchimento do formulário.

A lista dos campos abaixo e assinalados em amarelo contém erro.

  •  

Há problemas com o preenchimento do formulário.

Preencha novamente o campo abaixo com o texto da imagem.

Sucesso!

Sua mensagem foi enviada com sucesso! Clique aqui para enviar uma nova mensagem ao G1.

Formulário de envio para amigo
  • separar os emails por vírgulas

  • limitado em 600 caracteres


histórico de História

  1. » leia todas as notícias de História




editorias


G1 especiais


serviços



Formulário de Busca


2000-2015 globo.com Todos os direitos reservados. Política de privacidade