Crédito da casa só baixa nos prazos mais curtos Prestação da casa desce 4 € nos prazos mais curtos Raquel Oliveira A revisão dos contratos de crédito à habitação indexados aos prazos mais curtos da Euribor volta a dar um ligeiro alívio às famílias, diminuindo a prestação em cerca de quatro euros este mês. Já quem tem contratos a 12 meses, a serem revistos em fevereiro, volta a sofrer um aumento na prestação da casa. Os cálculos feitos com base num empréstimo de 150 mil euros, no prazo de 30 anos e com um `spread' de 1%, apontam para um aumento de 12,28 euros nos contratos revistos agora com a Euribor a 12 meses, segundo a Deco Proteste. Na prática, a prestação da casa sobe de 763,06 euros (em março de 2023) para 775,34 euros este mês, já que a média da Euribor considerada para efeitos de revisão de um empréstimo de taxa variável é a do mês anterior ao da assinatura do contrato de crédito. No cenário de um empréstimo nas mesmas condições, mas a seis meses, a prestação desce 3,93 euros para 796,18 euros, contra os 800,11 euros da última revisão, em setembro de 2023. Num crédito indexado à Euribor a três meses, a prestação desce de 802,67 euros para 798,19 euros, ou seja 4,48 euros, ainda segundo as contas feitas pela Deco Proteste. Estes acertos refletem a descida registada em fevereiro das taxas nos prazos mais curtos. A média da Euribor a 6 meses fixou-se em 3,901% enquanto a 3 caiu para 3,923%. Já a taxa média a 12 meses, subiu de 3,534% para 3,671%. Apesar destas variações, as três taxas Euribor usadas no crédito à habitação já superaram 4%. ------ INE calcula que inflação tenha abrandado em fevereiro para 2,1% Raquel Oliveira A primeira estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE) para a inflação de fevereiro aponta para uma descida para 2,1%, de acordo com a informação divulgada ontem. Trata-se de uma descida de 0,2 pontos percentuais face a janeiro, calcula ainda aquele gabinete de estatísticas. A contribuir para a variação homóloga estiveram todas as categorias, com destaque para os produtos energéticos, de acordo com a previsão do INE, mas regista-se um abrandamento face ao primeiro mês do ano. Em janeiro, a inflação fixou-se em 2,3%, pressionada pelos aumentos dos produtos energéticos, nomeadamente eletricidade, que sobe sempre no início de cada ano. Por outro lado, mais de quatro dezenas de produtos alimentares voltaram a pagar IVA, o que genericamente se traduziu num aumento dos preços dos alimentos. De acordo com a análise da Deco Proteste, desde o fim do IVA Zero até quarta-feira, o cabaz de produtos essenciais aumentou 6,11 euros. Entre os produtos que mais aumentaram face ao último dia do IVA Zero, contam-se o quilo do carapau, que subiu 20%, ou seja, 88 cêntimos, e o óleo alimentar, que subiu 16%. Os dados definitivos referentes ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do mês de fevereiro de 2024 serão publicados no próximo dia 12 de março. Recorde-se que o IPC mede a evolução temporal dos preços de um conjunto de bens e serviços representativos da estrutura de despesa de consumo da população residente em Portugal. Não é, esclarece o próprio INE, um indicador do nível de preços, mas antes um indicador que mede a respetiva variação. ----- Crédito difícil para maioria Só em 45 concelhos do continente, menos de um quinto, é que pelo menos metade das famílias terão o rendimento mínimo necessário à compra de casa com recurso ao crédito, segundo o `Negócios', citando um estudo do Ministério da Economia. O Algarve tem sido a região que, a par da Grande Lisboa, mais tem visto degradar-se o acesso à habitação. ----- Amortização de crédito facilitada A facilidade dada pelo programa +Habitação, que isenta de IRS as mais-valias que forem reinvestidas no prazo de três meses na amortização do empréstimo à habitação, pode ir até março de 2025, esclareceu a Autoridade Tributária (AT). Assim, por exemplo, todos os contribuintes que, no final de 2024, vendam um imóvel (rústico ou urbano) e que registem mais-valias, podem aplicar esse ganho (sem ter que pagar IRS) na amortização do crédito bancário até março de 2025.
Crédito da casa só baixa nos prazos mais curtos
Crédito da casa só baixa nos prazos mais curtos Prestação da casa desce 4 € nos prazos mais curtos Raquel Oliveira A revisão dos contratos de crédito à habitação indexados aos prazos mais curtos da Euribor volta a dar um ligeiro alívio às famílias, diminuindo a prestação em cerca de quatro euros este mês. Já quem tem contratos a 12 meses, a serem revistos em fevereiro, volta a sofrer um aumento na prestação da casa. Os cálculos feitos com base num empréstimo de 150 mil euros, no prazo de 30 anos e com um `spread' de 1%, apontam para um aumento de 12,28 euros nos contratos revistos agora com a Euribor a 12 meses, segundo a Deco Proteste. Na prática, a prestação da casa sobe de 763,06 euros (em março de 2023) para 775,34 euros este mês, já que a média da Euribor considerada para efeitos de revisão de um empréstimo de taxa variável é a do mês anterior ao da assinatura do contrato de crédito. No cenário de um empréstimo nas mesmas condições, mas a seis meses, a prestação desce 3,93 euros para 796,18 euros, contra os 800,11 euros da última revisão, em setembro de 2023. Num crédito indexado à Euribor a três meses, a prestação desce de 802,67 euros para 798,19 euros, ou seja 4,48 euros, ainda segundo as contas feitas pela Deco Proteste. Estes acertos refletem a descida registada em fevereiro das taxas nos prazos mais curtos. A média da Euribor a 6 meses fixou-se em 3,901% enquanto a 3 caiu para 3,923%. Já a taxa média a 12 meses, subiu de 3,534% para 3,671%. Apesar destas variações, as três taxas Euribor usadas no crédito à habitação já superaram 4%. ------ INE calcula que inflação tenha abrandado em fevereiro para 2,1% Raquel Oliveira A primeira estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE) para a inflação de fevereiro aponta para uma descida para 2,1%, de acordo com a informação divulgada ontem. Trata-se de uma descida de 0,2 pontos percentuais face a janeiro, calcula ainda aquele gabinete de estatísticas. A contribuir para a variação homóloga estiveram todas as categorias, com destaque para os produtos energéticos, de acordo com a previsão do INE, mas regista-se um abrandamento face ao primeiro mês do ano. Em janeiro, a inflação fixou-se em 2,3%, pressionada pelos aumentos dos produtos energéticos, nomeadamente eletricidade, que sobe sempre no início de cada ano. Por outro lado, mais de quatro dezenas de produtos alimentares voltaram a pagar IVA, o que genericamente se traduziu num aumento dos preços dos alimentos. De acordo com a análise da Deco Proteste, desde o fim do IVA Zero até quarta-feira, o cabaz de produtos essenciais aumentou 6,11 euros. Entre os produtos que mais aumentaram face ao último dia do IVA Zero, contam-se o quilo do carapau, que subiu 20%, ou seja, 88 cêntimos, e o óleo alimentar, que subiu 16%. Os dados definitivos referentes ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do mês de fevereiro de 2024 serão publicados no próximo dia 12 de março. Recorde-se que o IPC mede a evolução temporal dos preços de um conjunto de bens e serviços representativos da estrutura de despesa de consumo da população residente em Portugal. Não é, esclarece o próprio INE, um indicador do nível de preços, mas antes um indicador que mede a respetiva variação. ----- Crédito difícil para maioria Só em 45 concelhos do continente, menos de um quinto, é que pelo menos metade das famílias terão o rendimento mínimo necessário à compra de casa com recurso ao crédito, segundo o `Negócios', citando um estudo do Ministério da Economia. O Algarve tem sido a região que, a par da Grande Lisboa, mais tem visto degradar-se o acesso à habitação. ----- Amortização de crédito facilitada A facilidade dada pelo programa +Habitação, que isenta de IRS as mais-valias que forem reinvestidas no prazo de três meses na amortização do empréstimo à habitação, pode ir até março de 2025, esclareceu a Autoridade Tributária (AT). Assim, por exemplo, todos os contribuintes que, no final de 2024, vendam um imóvel (rústico ou urbano) e que registem mais-valias, podem aplicar esse ganho (sem ter que pagar IRS) na amortização do crédito bancário até março de 2025.